Thursday, August 1, 2013

Perdão: Impedimento para a salvação.


A paz do Senhor Jesus amados, que a graça e a paz de Jesus vos seja multiplicada. Com grande alegria desfrutaremos mais uma vez da verdadeira palavra de Deus. Nosso tema hoje é sobre o perdão. Uma ação que pode nos impedir de ir para o Reino dos céus e que gera grande dificuldade de relacionamento entre as pessoas. Somente alguém com humildade pode ter a virtude de perdoar. O perdão e a humildade andam lado a lado, uma pessoa que não perdoa é soberbo.
Mateus 18: 21-35 " Então, Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará o meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete. Por isso, o Reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas, com os seus servos; e, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. E, não tendo ele com o que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus filhos, fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse. Então, aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então, o senhor daquele servo daquele servo, movido de compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um de seus conservos que lhe devia cem dinheiros e, lançando mão dele  sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, constristam-se muito e foram declara ao seu senhor tudo o que se passara. Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor, o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim, vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas." 
Leiamos também:
Lucas 15:11-32 " E disse: Um certo homem tinha dois filhos. E, o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para o seus campos a apascentar porcos. E desejava encher seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pareço de fome! Levantar-me-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço, e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse ao seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegra-se. E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos seus servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque recebeu são e salvo. Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, estava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com meus amigos. Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas. Mas, era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado."  
Os judeus tinham por costume, perdoar uns aos outros de 3 a 7 vezes, vemos acima Pedro levantando a questão de quantas vezes deveria ser perdoada as ofensas de alguém contra ele. Por certo, naquele momento, Pedro deveria ter se chateado com uma pessoa próxima que, mais uma vez o fez uma ofensa e assim surgiu a questão. Além da resposta de Jesus, que deveria ser perdoado 70 x 7, ou seja, 490 vezes no mesmo dia, Jesus também explica sobre o perdão através da parábola no mesmo trecho. Se hoje, já é quase impossível perdoar um irmão que te ofende 3 vezes no mesmo dia, imagine 490. É quase um perdão infinito, cada vez que receber uma ofensa, você deve perdoar de coração sincero.
Entendendo um pouco mais da parábola, esses homens servos do Rei, eram conhecidos como ministros, e os conservos, como sub ministros. O homem acima era o ministro do Rei e sua função era aplicar o dinheiro do Rei em jogos, entretanto esse homem nunca repassou nenhum dinheiro de volta ao Rei, o que gerou uma dívida enorme. Se formos comparar 10.000 talentos com o dinheiro de hoje, são muito mais que bilhões. Para se ter uma idéia, juntando três cidades como a Judeia, a Galileia e a Samaria, a dívida maior de um homem durante um ano era 600 talentos.
O Rei para aplacar sua ira, pois sabia que nunca este homem seria capaz de pagar o que devia, nem se trabalhasse por 260 mil anos somente entregando o salário para o Rei; Então o Rei ordena que ele entregasse os filhos e a mulher dele como forma de punição. Mesmo, a família não tendo valor financeiro, a ira do Rei seria ameniza. Mas, o homem se humilhou e pediu pela misericórdia do Rei, disse-o que pagaria tudo o que devia, o Rei se moveu de compaixão, pôde ver sinceridade nas palavras do homem, perdoou lhe toda a dívida e em troca ele deveria trabalhar ainda mais para o Rei. O homem não precisou ser preso, continuou com sua família e recebeu o perdão por tamanha dívida.
Todavia, no caminho de volta para sua casa, esse homem encontrou um de seus conservos, que também devia dinheiro a ele, a quantia era de 100 dinheiros, o que hoje equivale a 5 doláres. O homem devedor fez o mesmo que este homem na frente do Rei, se ajoelhou, implorou a misericórdia dele e garantiu que pagaria a dívida, mas ele não teve o mesmo coração quebrantado do Rei, na mesma hora declarou que o homem fosse preso até que pagasse a dívida. Um homem preso fica incapacitado de trabalhar e tão pouco juntar recursos para pagar o que deve.
Alguns dos conservos desse homem, vendo aquela atitude tão injusta, contaram ao Rei o acontecido, o mesmo ordenou a prisão daquele homem.
Entendemos que Deus é misericordioso e justo, Ele conhece a sinceridade de nosso coração e a questão do perdão é levado muito a sério por Ele. Até mesmo no Pai nosso verificamos o trecho que diz, perdoai nossas dívidas e a quem nos tem ofendido.
Você deve perdoar seu irmão independente do que tenha ocorrido, e do número de ofensas do mesmo contra você. Perdão é questão de impedimento para sua ida ao céu. Entenda que a dívida que seu irmão tem contigo, é bem menor da que você tem com Deus.
Sobre a parábola do filho pródigo, lida acima, podemos perceber que esse era um jovem soberbo, que tinha uma rixa com seu irmão mais velho, que não estava satisfeito com sua cidade e as pessoas de lá. Desejava ser melhor do que os outros e progredir em outro lugar distante, ele vai até seu pai, pede sua parte da herança, o pai então por amor, vende a fazenda e reparte a herança. Os vizinhos ao redor se indignaram com tamanha afronta do jovem, ainda mais por ser o filho mais novo a reivindicar algo, o que pela lei, era passado ao filho mais velho e posteriormente repassado ao mais novo. O jovem então deixa a cidade, com toda empolgação de um jovem livre e com dinheiro, aproveita tudo o que pode por meses, até que o dinheiro começa acabar. O jovem não investiu o dinheiro em nada, sua administração foi zero e ficou sem nada. Até que houve a necessidade de arrumar algum trabalho, pois precisava comer, foi oferecido a ele o trabalho de cuidado com os porcos. Judeu por cultura não cuidava de porcos, era humilhante para eles, houve um momento que ele sentiu desejo de comer as bolotas de comidas que eram dadas aos porcos, a Bíblia não afirma que ele comeu, somente que desejou, enfim o jovem apercebeu o tamanho erro que tinha cometido, que até mesmo os trabalhadores do pai dele comiam alimentos bons e frescos e que ele não precisava passar por aquela humilhação.
O jovem decide voltar para seu pai, iria se humilhar e pedir que o pai o aceitasse de volta como um trabalhador e não mais como filho. Triste, humilhado, sem dinheiro, o jovem retorna, bem próximo a entrada da cidade, seu pai o à vista e corre a seu encontro, o toma nos braços e o dá um beijo. Naquela época não era costume dos mais velhos correrem para nada, era como hoje vissemos o helicóptero do presidente da república pousar e o mesmo correr em desparato. Não é comum, mas o pai tomou essa decisão, para que a população não apedrejasse e maltratasse o filho que havia renegado o pai. Na mesma hora, as melhores vestes foram colocadas no filho, um animal foi morto para que houvesse fartura de comida na celebração da volta do filho.
O pai se comoveu, esperava seu filho com alegria, sabia no fundo que ele retornaria, não pensou em nada, no desgosto, na afronta do filho, na humilhação passada no meio da cidade, ele apenas queria seu filho amado de volta.
Um pouco depois, o filho mais velho retorna do campo, não entende aquele alvoroço, ainda mais em tempo de fome, pergunta a um dos servos do que se tratava e para sua decepção o filho pródigo havia retornado.
Dois protocolos nesse momento foram quebrados, um o filho mais velho deveria ficar a porta recebendo cada um dos convidados com boas-vindas e dois o pai não deveria se levantar da mesa, caso o fizesse a música pararia e todos voltariam a atenção para o pai, como forma de respeito ao anfitrião da festa. O pai foi avisado que seu filho mais velho não queria entrar na festa e estava indignado com uma festa para o filho que não merecia nada, o pai se levanta, mais uma vez se humilha e não se importa com o que falariam dele, vai de encontro a seu filho mais velho e tenta o convencer de que o irmão que era morto hoje vive e deveria ser celebrado, mesmo todos ouvindo a conversa. A Bíblia não diz, mas tudo leva a crer que o filho mais velho não entrou na festa e por certo se revoltou contra o pai por aquela atitude. Mais uma vez podemos entender aquela passagem bíblica que diz: Os últimos serão os primeiros. O pai aqui representa Deus, que espera alegre os filhos dele retornarem.
Um filho se arrependeu e voltou o ceio da família, o outro se cansou do caminho e agora se revoltou contra o pai. O Rei se moveu de compaixão e perdoou uma dívida enorme, o endividado endureceu seu coração e não teve misericórdia de quem o devia.
Com todos esses exemplos hoje te perguntamos: Quem é você nestas histórias? Que personagem se assemelha mais contigo?
Você tem sido como o Rei, que perdoa e se compadece do próximo? Tem sido o filho pródigo que mesmo errando se arrepende e volta para os caminhos certos? Tem sido o filho mais velho, que tem sido leal e obediente, mas na reta final se revolta ou tem sido como o homem sem misericórdia que não perdoa o seu próximo e o condena?
Reflita em sua vida, e não perca a salvação por atos como estes, aprenda com o erro dos outros e cresça espiritualmente e pessoalmente. A falta de perdão te impedirá de ir ao céu, desperte!

Que Deus te abençoe e te guarde, fique firme com Jesus, a sua volta não demora. Mensagem pregada pelo nosso Pastor Luiz Henrique de Oliveira Senior pastor da Piebhawaii no dia 31 de Julho de 2013, culto noturno.

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